Passagens do texto “Vida de Hallaj”, publicado em 1962 na reedição da obra ”La Pasión de Husain ibn Mansur Hallaj”, de 1922
Hallaj foi condenado a morte em Bagdá no ano 922. E permaneceu como um herói lendário. A ampla difusão dos grandes poemas persas formam magnificamente sua fisionomia de santo, de ‘extático deificado’ (místico).
O estudo crítico das fontes autênticas deste tema me permitiu estabelecer que Hallaj havia sido consciente de sua vocação de “pilar místico” e de “mártir espiritual” do Islam. O estudo, realizado no Cairo em 1907, ao mesmo tempo que meu aprendizado do árabe falado e escrito, acabou por convencer-me da veracidade deste testemunho puro, até o sacrifício de si mesmo.
A seção I fixa a vida de Hallaj. A seção II situa a mística de Hallaj. A seção III apresenta a bibliografia relacionada a Hallaj (1415 obras, de 953 autores).
Considerei Hallaj como uma alma consagrada. E não é que o estudo de sua vida, plena e potente, reta e indivisível, me tenha aberto o segredo de seu coração. Na realidade foi ele que sondou o meu…
Apesar da proibição oficial, mantida desde o ano 922 até 1258, de copiar ou vender suas obras, numerosos fragmentos de Hallaj foram conservados por doxógrafos da mística. Se conservaram 6 cartas suas, 69 discursos públicas, seu “Diwan”(poemas), 2 fragmentos em prosa (de um autenticidade excepcional), os “Riwayat” e os “Tawasin” (compilações). Outras obras em prosa foram queimadas, mas textos significativos foram conservadas graças a uma série de comentários críticos (hostis).